3 de jan. de 2012

Depois de 8 de abril

Hoje completam 180 dias que eu não me permiti esquecer você. Faz 180 dias, 430 horas, 258.120 minutos, e eu não me permiti esquecer que você faz o tipo forte, mas no fundo você é apenas um garoto confuso que colocou na cabeça que pode lidar com todos os problemas sozinho, mas na verdade não pode. Não me permiti esquecer que você é a pessoa mais orgulhosa nesse mundo e que você tem a teimosa mania de sempre achar que tem razão, mesmo quando não tem. Já faz quase seis meses e eu não consigo esquecer. Eu não quero esquecer as suas qualidades, seus defeitos, suas manias, seus vícios, as nossas brigas, os nossos encontros, loucuras e até mesmo as chantagens emocionais.
Durante todo esse tempo eu fiquei esperando que você voltasse. Durante todo esse tempo eu fui ao cinema sozinha e todas as vezes em que as luzes se acendiam eu esperava desesperadamente te encontrar em uma poltrona qualquer. Por todo esse tempo eu li e reli as mensagens que você me mandou… “Se você quiser, o meu mundo é seu”.  Hoje elas me fazem tanta falta.  Você e seus devaneios me fazem falta. Seus abraços, seus beijos, seus carinhos, mimos, intimidades. Cada parte de você, cada pequeno detalhe, tudo, absolutamente tudo me faz falta. Mesmo que não pareça, mesmo que eu insista em dizer que não, mesmo que eu jure de pés juntos que eu não sinto mais nada por você, desconfie.  Desconfie também quando eu estiver quieta, quando eu estiver chorando, quando eu quiser ficar sozinha, e até mesmo quando eu estiver rindo demais. Não acredite quando eu disser que sua voz me deixa nervosa e que sua risada não é meu som preferido. Mas, por favor, não duvide quando eu disser que eu amo até os seus defeitos. Porque eu amo.
Esse tempo todo não serviu para fazer com que eu te esquecesse e só fez intensificar tudo o que eu já sentia. Seis meses é bastante tempo não acha? Mas confesso que passou mais rápido do que eu imaginava. E confesso também que eu achei que a aceitação iria demorar mais do que de fato demorou. Seis meses e eu ainda tenho medo de te perder, mesmo você não me pertencendo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário