19 de jun. de 2012

Dessa vez não quero que você volte.

Diante de tudo o que aconteceu, eu só quero que você saiba que eu nunca estive tão bem quanto estou agora. Hoje eu acordei gostando mais de mim e menos de você. Estou sendo mais minha, entende? Sem precisar de ninguém para me fazer feliz. Finalmente estou aproveitando… E sobre você… Bem, você eu fui distribuindo ainda para quem gosta de passado, passado que eu nem quero mais fazer questão de lembrar. Dei seus discos velhos pro careca do 57, seu chinelo eu dei pro menino que sempre vem pedir emprestado o controle do meu videogame, tua camiseta eu deixei na lavanderia, vai que alguém goste e leve pra casa. Suas cartas eu queimei, nossas fotos eu rasguei, não tenho mais você nas minhas redes sociais e fiz questão de te bloquear para que não me encontrasse. O número do seu celular eu deletei, o seu endereço eu esqueci. Troquei seu famoso miojo pelo brigadeiro que o mocinho da padaria sempre me dá quando eu apareço lá de moletom e com um coque todo caído e com cara de quem acabou de acordar, e ele me diz sempre “como você está bonita essa manhã… e todas as outras…”, e eu me derreto toda, mas não quero nada com ele. Não quero nada com ele, nem com o moreno que me comprou sorvete semana passada, ou com aquele alto dos olhos azuis que derramou refrigerante na minha camiseta e me comprou uma nova tão linda, ou com o cara que sempre me paquera quando eu estou dançando desengonçada lá no estúdio… Eu não quero nada com ninguém, muito menos com você. Dessa vez eu te troquei. Troquei você por outros casos, descasos, encontros, desencontros. Te troquei, te joguei fora, te mandei embora e dessa vez não quero que você volte.

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