1 de jul. de 2012

Sobre o meu amor

Quando eu parei de procurar o amor finalmente me apareceu. Mas sem todas aquelas borboletas no estômago, sem as mãos suando e sem o coração batendo em uma frequência mais rápida. O amor me apareceu sereno, calmo, quieto; apareceu-me disfarçado de amigo e quando eu notei já estava fazendo coraçãozinho na mão e pensando no nome dele todos os minutos do dia.
No começo, a ideia de amor me parecia tão banal que eu descartei ela assim que tive capacidade de raciocinar um pouco e não só ficar sorrindo feito uma tonta. Na verdade, ele também não pensava que era amor. Levou um tempo para que a gente chegasse a uma conclusão dessas.
Sabe... O amor me apareceu como um amigo. No começo eu só queria estar junto, eu me preocupava com ele, queria saber se ele estava bem, eu o ajudava quando ele precisava de um ombro amigo, e estava sempre ao seu lado, nos momentos felizes e nos tristes também. Ele não era só amigo, era irmão. Mas depois ele foi se tornando meu vício. Eu queria ficar do lado dele 25 horas por dia. Queria conversar com ele 50 dias em um mês. A todo o momento eu me preocupava com o que ele estava sentindo, e a todo instante eu sentia vontade de perguntar se ele estava realmente bem. Eu ia dormir pensando nele e acordava pensando nele. Eu não precisava nem fazer força para o nome dele surgir na minha cabeça em Georgia, tamanho 72, em negrito, sublinhado e com todas as letras em maiúsculo. O nome dele só não estava tachado, porque ai iria parecer uma lista de ex-amores que a gente decide esquecer e que a gente risca para ter certeza de que aquele cara seria melhor nem ter conhecido.
Ele já havia sido um ex-amor, tanto que depois de toda essa confusão sentimental sobre amizade ou amor, eu encontrei na parede do meu quarto “Meu nome e Fulano”. Mas ele sempre me foi um amor bom; então acho que nunca precisarei encaixar o nome dele na minha lista negra de “caras que deveriam ser exterminados da face de Terra porque fizeram com que eu chorasse dia e noite feito uma boba apaixonada que no outro dia acordou com a cara inchada e teve que ir pra escola parecendo um panda”.
Quando o nome dele passou a comandar meus pensamento e ações, ele passou de amigo irmão, pra paixão. Mas ele nunca vai ficar sabendo disso porque eu tenho problemas com relação a expressar esse tipo de coisa para as pessoas uma vez que depois disso eu vou querer sair correndo, vou tropeçar, ralar o joelho, quebrar um dente ou qualquer coisa do tipo e depois nunca mais vou conseguir olhar na cara do menino de novo. Na verdade não vou conseguir mais olhar na cara de ninguém. Vou desejar mudar de escola, de cidade, de estado, de país, de planeta também se for possível. Mas se ele for esperto, eu não vou precisar nem falar isso pra ele porque ele vai perceber sozinho, então, por favor, decodifique minhas palavras, leia as entrelinhas e entenda que tudo isso é sobre você. Eu ficaria muito agradecida e meus joelhos e dentes também.
E mais uma coisa, se não tiver conseguido me entender perfeitamente que fique claro que essa ideia de mudar de cidade, estado ou qualquer coisa do tipo, só é válida se você estiver vindo junto comigo, caso não seja assim, por você eu fico no mesmo lugar e até passo um pouco de vergonha se for preciso... Geralmente não costumo fazer esse tipo de coisa, sabe, me render, me explicitar, mas por você eu abro uma exceção... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário